<em>Philips</em> de Ovar dá o «último passo»
A «reestruturação» anunciada pela SCBO (Philips Portuguesa), em Ovar, com extinção de 300 postos de trabalho (mais de metade dos funcionários), «não é mais do que o último passo do processo de encerramento» da fábrica de componentes bobinados – denunciou a Comissão de Trabalhadores, no parecer entregue à administração, que foi também enviado ao Grupo Parlamentar do PCP.
A CT defende que aquela unidade deve manter-se em funcionamento e exige à direcção do grupo Philips «que recomece a canalizar para Portugal as encomendas de fabrico de material eléctrico, em vez de as enviar para a Índia e para a China». Os representantes dos trabalhadores não aceitam que, desenvolvendo actividade no concelho desde 1970, «a Philips tenha virado as costas a quem sempre se dedicou à empresa e tenha trocado o nosso esforço por uma aposta» naqueles países, «aproveitando-se da mão-de-obra barata e da ausência de direitos laborais».
No parecer acerca da reestruturação e seus fundamentos, a CT ressalva que «desconhecemos totalmente a veracidade dos números que constam do documento informativo que nos foi entregue pela empresa, porque nunca nos foi facultado o acesso aos documentos contabilísticos do grupo», considerando «muito estranho que, após 35 anos de trabalho, de uma empresa que chegou a empregar 2600 trabalhadores, tenham chegado à conclusão de que o custo da mão-de-obra portuguesa era caro».
«O encerramento da fábrica de Ovar representará um enorme problema social», alerta a CT.
No último trimestre de 2004, o grupo Philips anunciou ter obtido lucros líquidos de 498 milhões de euros (quase cem milhões de contos).
Aveiro
O desemprego no distrito de Aveiro «não pára de aumentar», constata a USA/CGTP-IN, ao analisar a informação mensal divulgada pelo IEFP, relativa a Janeiro de 2005. Os 31 467 desempregados registados no distrito (o quinto com mais desemprego registado no País) representavam uma variação mensal de mais 3,75 por cento e uma variação homóloga de mais 10,48 por cento.
Houve igualmente um aumento do número de concelhos acima da média homóloga: Sever do Vouga, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira do Bairro, Águeda, Espinho e Vagos.
As mulheres continuam a ser as mais atingidas pelo desemprego, representando 59,7 por cento dos desempregados registados nos Centros de Emprego de Aveiro, o que equivale a quase 19 mil trabalhadoras.
A CT defende que aquela unidade deve manter-se em funcionamento e exige à direcção do grupo Philips «que recomece a canalizar para Portugal as encomendas de fabrico de material eléctrico, em vez de as enviar para a Índia e para a China». Os representantes dos trabalhadores não aceitam que, desenvolvendo actividade no concelho desde 1970, «a Philips tenha virado as costas a quem sempre se dedicou à empresa e tenha trocado o nosso esforço por uma aposta» naqueles países, «aproveitando-se da mão-de-obra barata e da ausência de direitos laborais».
No parecer acerca da reestruturação e seus fundamentos, a CT ressalva que «desconhecemos totalmente a veracidade dos números que constam do documento informativo que nos foi entregue pela empresa, porque nunca nos foi facultado o acesso aos documentos contabilísticos do grupo», considerando «muito estranho que, após 35 anos de trabalho, de uma empresa que chegou a empregar 2600 trabalhadores, tenham chegado à conclusão de que o custo da mão-de-obra portuguesa era caro».
«O encerramento da fábrica de Ovar representará um enorme problema social», alerta a CT.
No último trimestre de 2004, o grupo Philips anunciou ter obtido lucros líquidos de 498 milhões de euros (quase cem milhões de contos).
Aveiro
O desemprego no distrito de Aveiro «não pára de aumentar», constata a USA/CGTP-IN, ao analisar a informação mensal divulgada pelo IEFP, relativa a Janeiro de 2005. Os 31 467 desempregados registados no distrito (o quinto com mais desemprego registado no País) representavam uma variação mensal de mais 3,75 por cento e uma variação homóloga de mais 10,48 por cento.
Houve igualmente um aumento do número de concelhos acima da média homóloga: Sever do Vouga, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira do Bairro, Águeda, Espinho e Vagos.
As mulheres continuam a ser as mais atingidas pelo desemprego, representando 59,7 por cento dos desempregados registados nos Centros de Emprego de Aveiro, o que equivale a quase 19 mil trabalhadoras.